Pelo MI Luis Rodi
Alguns são mais amateurs que outros. Desde a concretização dos primeiros jogos olímpicos da era moderna (na Grécia, no ano 1896) uma separação quase fanática entre esportistas amateurs e profesionais foi feita, razão pela qual o xadrez não integra as disciplinas que vão se apresentar em Londres e outras cidades da Grã Bretanha nestas próximas olimpíadas -para mim começam, no pessoal, o dia 26, com o jogo de futebol entre o meu país Uruguai e os Emiratos Árabes-.
Apesar de se realizar cada tempo algúm acercamento entre o Comité Olímpico Internacional e FIDE, e além de alguma experiência piloto como a acontecida em Sidney -bastante leve por certo- ou a absurda exigencia do controle antidoping para enxadristas que chegou se realizar em torneios oficiais -penso que mais preocupante que qualquer sustancia natural de doping é o controle dos elementos tecnológicos que podem ser utilizados para fazer trampas, por exemplo ligando um telefono celular no banheiro para colocar uma posição e pedir dicas aos engines-, os passos não deram certo e o nosso esporte segue fora das olimpíadas.
Xadrez foi sempre signado pelo profesionalismo. Para você chegar a certo nível precisa de estudo que não representa menos horas que as que se requerem para um título univesitário em direito ou medicina. É obvio que quem chega a figurar entre os melhores do mundo precisa uma dedicação cen por cento aos trabalhos relacionados com o aperfeiçoamento do seu xadrez. Isso desde os tempos de Steinitz. Amateurs? Se consideramos como tais aos que priorizaram o desempenho em outra profesão, posso citar Tarrasch, Vidmar e Euwe. Hoje é difícil achar um. Não entre os primeiros rankeados no mundo, por certo.
O COI renega del vil profesionalismo dos enxadristas, que dedicam todo seu tempo a melhorar seu xadrez... para ganhar mais dinhero? Nas suas olimpíadas não podemos ver um José Cubas defendendo Paraguai, nem Georg von Bülow sob bandeira alemã. Eles não vão estar em Londres, e também não José Chauca de Perú, que paga, como os outros, os pecados de sua vida de enxadrista profesional.
Em Londres só teremos amateurs compitendo, assim como gosta o COI. Mens sana in corpore sano. Neymar, por exemplo, o meu compatriota Luisito Suárez. Nadal, se a sua inoportuna lesão não tivesse acontecido. Entre varios outros que nenhúm ofenderia acusando-os malamente de "profesionais".
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