Nos anos cinquenta e até bem entrados os oitenta, com a única excepção de Bobby Fischer, o xadrez soviético era potencia mundial, ao extremo que desafios entre eles e o resto do mundo eram organizados -com vitória invariável para os soviéticos-. Depois da queda do muro de Berlim e as mudanças políticas no mundo comunista, o xadrez se converteu em negócio universal. A aparição de novas tecnologías permiteu que os conhecimentos possam se adquirir em qualquer canto do mundo e logo tevemos enxadristas de grande nível de países que antes não integravam a elite do xadrez, como a India ou Noruega.
No entanto, no xadrez feminino se prodúz um fenomeno único: as enxadristas de um país (China) começaram dominar o cenário, ganhando torneio após outro, pegando títulos mundiais e chegando ao presente onde dominam as provas com margem folgado.
Basta com ver os números, produzida a metade da prova, do torneio que se realzia em Jermuk, Armênia, onde o podio completo é ocupado pelas chinêsas: lidera a mestre internacional Ju Wenjun (na foto) seguida pela campeã mundial Hou Yifan e outra jovem promessa: Ruan Lufei.
Curiosamente, os extraordinários resultados que a China teve no xadrez feminino não se veram reflexados no xadrez masculino -não há receitas universais- mas se consideramos que nos últimos vinte anos as chinêsas dominaram o cenário enxadrístico, não está na hora de aprender um pouco com elas, estudando os seus métodos de treino, como se realiza o fomento da prática entre as garotas e seus programas de estudo?
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