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| O campeão mundial Anand empata com Gelfand após as primeiras duas partidas |
Até aqui, ambos os concorrentes ao título mantiveram uma política calma, como se de um primeiro round de box se tratase, estudando as reações do adversário ante as novidades semeadas na abertura. Como resultado, o público obteve dois empates sem muita luta, onde o desafiante -mais na primeira partida- pudo mostrar alguma iniciativa.
Nesse primeiro jogo, Gelfand afastou-se das suas tradicionais defesas contra 1.d4 para jogar a Grünfeld, de moda no nível magistral e com muito desenvolvimento teórico recente. Evitando possíveis surpresas nas variantes que usualmente joga, Anand respondeu com outra surpresa, uma pouco usual variante com Cf3 e Bb5+, mas o desafiante parecia conhecer o sistema e incluso ganhou certa iniciativa ao lograr par de bispos e um peão livre na coluna a. No entanto, no momento chave da partida o mestre israelí eliminou a tensão de forma prematura (23...fxe4?!), e a posição resultante não podia ser avaliada de forma diferente que equilibrada.
Na segunda partida, foi Anand quem tentou uma surpresa de abertura, empregando um sistema eslavo que é mistura de Chebanenko com Semieslava. Aqui também o desafiante obteve certa iniciativa apesar da simplificação central produzida já nos primeiros lances -e que deixou uma estrutura simétrica sem muitas chances de desequilíbrio-, mas o campeão mundial avaliou bem a posição, considerando que o préfinal com torres e bispo adversário contra o seu cavalo não seria fácil de desnivelar, toda vez que sua peça menor ficou bem posicionada.
As duas primeiras rodadas auguram um match equilibrado, muito difícil, no caso de manter ambos os mestres a estrategia de menor risco.
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