Para Viswanathan Anand era uma partida chave: depois da dura derrota na sexta partida, precisava mostrar uma recuperação anímica adequada, e conseguiu o objetivo ao empatar com o campeão Magnus Carlsen na sétima partida, onde também levou as peças pretas.
O desafiante empregou a variante Berlinense da Ruy Lopez e logo ambos os mestres estavam jogando uma das linhas de moda no denominado final do Muro de Berlim. No momento crítico, Anand entregou uma peça para liquidar a maioria de peões brancas na ala de rei, e o jogo abriu passo a outra fase, com Carlsen contando com torre, cavalo e dois peões contra torre e quatro peões do desafiante, com todos os pões na ala de dama.
O campeão tentou de diversas formas achar um caminho para quebrar a resistência do mestre indiano, porém parece que não havia forma, e depois de algumas simplificações o melhor que obteve foi o final puro de torre e cavalo contra torre (o grande mestre Nigel Short considera que as chances de vitória são de um 5%, mas com certeza não neste nível) que depois de alguns lances foi declarado empate.
Amanha é Anand quem leva as peças brancas, desde as 10 horas (horário de Brasil), tentando descontar o ponto de vantagem que Carlsen leva.
Carlsen,Magnus
(2863) - Anand,Viswanathan (2792)
WCh 2014 Sochi RUS (7),
17.11.2014
[Notas do mestre internacional Luis Rodi]
1.e4 e5
2.Cf3 Cc6 3.Bb5 Cf6
Desde
meu ponto de vista, a escolha mais lógica. Primeiro, porque depois de uma
derrota é importante mudar de abertura para evitar lembranças ruins, mas
fundamentalmente porque Anand necessita imperiosamente não perder nesta partida
depois do grande erro da precedente, e para isso uma defesa sólida é precisa. A
Siciliana pode voltar depois, quando a tarefa de recuperação anímica tenha sido
feita!
4.0–0
Com este lance -aceitando a possibilidade de ingressar ao
famoso final berlinense- Magnus varia com relação à segunda partida do duelo,
quando empregou o mais flexível 4.d3 e depois de 4...Bc5 5.0–0 d6 6.Te1 0–0
7.Bxc6 bxc6 8.h3 Te8 9.Cbd2 Cd7 10.Cc4 obteve uma ligeira iniciativa que
concretizou com ajuda de algumas decisões erradas do seu adversário. É obvio
que a equipe do desafiante está preparada para o caso de aparecer novamente no
tabuleiro esta possibilidade, pelo qual a variação de linha é o resultado
esperado
4...Cxe4 5.d4 Cd6 6.Bxc6 dxc6 7.dxe5 Cf5 8.Dxd8+ Rxd8
Não pela
primeira vez entre estes dois mestres temos no tabuleiro a posição denominada
de Muro de Berlim (primeiro empregada em Wemmers - Riemann, Alemanha ch 1880),
um final de forte conteúdo estratégico que tem fama de ser a opção mais sólida
na atualidade para combater a abertura de peão rei. No match prévio, foi
utilizado com ambos os mestres sentados em forma inversa -isto é, com Carlsen
levando as peças pretas-. É interessante o processo que levou a esta posição a
se transformar, de uma linha exótica, à principal opção preta na Ruy Lopez
Berlinense. No primeiro olhar a posição preta parece suspeita: temos a mesma
estrutura que a variante das trocas, sem damas (a simplificação favorece nestes
casos ao primeiro lado) e com um rei exposto no centro. Se analisarmos algo
mais, observamos que diferente da variante das trocas, o peão e branco está em
e5 (e não em e4) o que faz uma grande diferencia, desde que as pretas podem
utilizar a casa f5 em forma ativa. Um dos primeiros em entender a
potencialidade do esquema preto foi Vladimir Kramnik, que no ano 2000 produz
uma grande explosão da variante ao emprega-la com sucesso no match pelo título
mundial ante nada menos que Garri Kasparov -que, como Anand, tinha fama de
preparar de forma excelsa suas partidas-. Novas trilhas foram abertas para
ambos os lados, e a teoria foi evoluindo até considerar a posição uma das mais
difíceis de bater. Hoje o Muro de Berlim é considerado a principal arma contra
1.e4 -se consideramos que as pretas se conformam com um empate, em caso de
necessidade de vitória a Siciliana vem a mão-, ocupando o papel que nos anos
oitenta tinha a Petrov
9.h3
A última moda. O pequeno lance de peão torre
está acorde com um dos principais planos brancos, que é a exploração da maioria
de peões na ala de rei, e também tem o objetivo de expulsar ao cavalo preto da
sua ativa colocação em f5. A elite está preferindo este lance, enquanto a linha
principal teórica segue sendo 9.Cc3. Nesta posição justamente foi onde Kramnik
surpreendeu a Kasparov com a ideia 9...Bd7; a ordem com h3 e posterior Cc3
aponta a evitar esta ideia
9...Re8
A linha principal. O rei volta a e8,
onde fica algo mais protegido e a sua vez oferece defesa ao peão f7 -potencial
alvo de atividades com Cg5-. A principal opção é 9...Bd7 uma ideia
popularizada por um dos segundos de Carlsen, o também norueguês Jon Hammer, que
foi aplicada no anterior match entre os nossos protagonistas. Depois de 10.Td1
Be7 11.Cc3 Rc8 12.Bg5 (posteriormente o italiano Fabiano Caruana tentou
melhorar o esquema branco com o imediato 12.g4 no seu jogo ante Adams,
Dortmund 2014) 12...h6 13.Bxe7 Cxe7 14.Td2 c5 15.Tad1 Be6 16.Ce1 Cg6
17.Cd3 b6= Anand - Carlsen, Chennai (4) 2013. O jogo se declarou empate no
lance 64
10.Cc3 h5
Uma moderna tabiya do final berlinense! Até não faz
muito tempo trás, se considerava este avanço enfraquecedor, porém a prática
mostrou que os benefícios de atrasar a iniciativa branca na ala de rei são
superiores ao enfraquecimento do ponto g5. Uma das virtudes da ideia é que no
caso das brancas realizar o avanço g4, a coluna h se abre outorgando atividade
à Th8
11.Bf4
As brancas têm outras alternativas populares aqui, como 11.Bg5
e 11.Tad1, mas o lance de Carlsen é a última moda na elite, sobretudo pelos
esforços de Fabiano Caruana e Sergey Karjakin
11...Be7 12.Tad1 Be6
Este lance se foi consolidando como a
principal opção nesta posição. Entretanto, as pretas dispõem de duas alternativas
interessantes: a) 12...Ch4 13.Cxh4 Bxh4 14.Ce2 Be7 15.Cd4 g5„ Volokitin -
Ki.Georgiev, Sérvia tt 2010; b) 12...Bd7!? é outra ideia de Kramnik nesta
posição. Depois de 13.g3 Td8 14.Bg5 Ch6 15.Rg2 Bf5 16.Txd8+ Bxd8 17.Bxd8 Rxd8
18.Td1+ Re7 se alcançou o equilíbrio em Naiditsch - Kramnik, Dortmund 2014
13.Cg5
Th6!
As pretas estão preparadas para entregar um dos seus bispos -quebrando
um dos dogmas fundamentais da posição, que indica que os bispos são a
compensação pelos peões dobrados- a cambio de ativar a sua torre rei
14.g3
O
lance do peão cavalo permite em alguns casos o sustento do Cg5 mediante h4. A
principal alternativa é 14.Tfe1 um lance preferido por Caruana. Alguns
exemplos recentes com esta ideia são: 14...Bb4 15.g4 (15.Cge4 Tg6 16.Rh2 h4
17.g4!? hxg3+ 18.fxg3 Ce7 19.a3 Bxc3 20.Cxc3 Cd5= Caruana - Andreikin,
Tashkent 2014) 15...hxg4 16.hxg4 Ce7 17.Cxe6 Txe6 18.Rg2 Bxc3 (18...Td8
19.Txd8+ Rxd8 20.Td1+ Rc8 21.Bg3 Bxc3 22.bxc3 Tg6= Caruana - Nakamura,
Saint Louis 2014) 19.bxc3 Td8 20.Txd8+ Rxd8 21.Th1 Cd5 22.Bg3 (22.Th8+
Rd7 23.Bg3 g5!? 24.Tg8 Cf4+ 25.Bxf4 gxf4= Radjabov - Andreikin, Tashkent
2014) 22...g5 23.c4 Cc3= Anand - Karjakin, Khanty Mansiysk ct 2014
14...Bxg5
15.Bxg5 Tg6 16.h4
O avanço envolve uma entrega de peão a cambio de atividade,
e é a escolha principal no nível magistral; 16.Bf4 Ch4„ é outra possibilidade,
Almasi - Naiditsch, Croácia 2014
16...f6 17.exf6 gxf6 18.Bf4 Cxh4 19.f3!
Para
Rf2, Th1 - As brancas têm excelente compensação pelo peão, mas não suficiente
para reclamar a vantagem, como demonstraram numerosas experiências no nível
magistral
19...Td8
20.Rf2
A mais crítica. Exemplos recentes com outras
possibilidades são: a) 20.Txd8+ Rxd8 21.Rf2 Cf5 22.Th1 Cg7 23.Cd1 Bf7 24.b3 b6
25.c4 Be8 26.Cc3 Ce6 com equilíbrio, Naiditsch - So, Wijk aan Zee 2014; b)
20.Tde1 Rf7 (20...Rd7!? é também possível) 21.Rf2 Cf5 22.Th1 Cg7
23.Td1 Td7 24.Txd7+ Bxd7 25.Bxc7 Bf5 26.Bb8 Bxc2 27.Tc1 Bf5 28.Bxa7 Th6 com
jogo aproximadamente igual, Motylev - Bacrot, Poikovsky 2014
20...Txd1
21.Cxd1 Cf5 22.Th1 Bxa2! 23.Txh5
As brancas não conseguem pegar ao atrevido
bispo preto com 23.b3 a continuação 23...Bb1 24.Te1+ Rf7 25.Te2 Cd4 26.Td2 c5
27.Ce3 Tg7 28.Bxc7 Re6 29.Bb8 b6 é inclusive algo melhor para o segundo
jogador, de acordo com Lysyj e Ovetchkin no seu livro The Berlin Defence
23...Be6
24.g4
As esperanças brancas estão relacionadas nos últimos tempos com este
lance. Esse lado não obteve a vantagem na alternativa lógica 24.Bxc7 Th6
25.Txh6 Cxh6 26.g4 Cf7 27.Re3 Rd7= Solak - Bacrot, Yerevan 2014. A presencia de
bispos de diferente cor faz difícil pensar em qualquer tipo de concretização
24...Cd6
25.Th7 Cf7N
Uma tentativa de melhora sobre o antecedente recente 25...f5 onde 26.g5 (26.Txc7!?
pode ser crítica, porém muito difícil de calcular se não se conhece antecipadamente
a linha, dado que a torre fica algo fora de jogo após 26...Bd7 Entretanto
27.Ce3 fxg4 28.Bxd6 Txd6 29.fxg4 pode ser algo melhor para as brancas)
26...Cf7 27.Th5 Tg8 28.Rg3 Th8!? (28...c5!?) 29.Txh8+ Cxh8 30.Bxc7
Cg6 levou ao empate à partida Giri - Radjabov, Tashkent 2014. O final é algo
melhor para as brancas, mas como acontece em casos semelhantes os bispos de
diferente cor dificultam a tarefa de concretização
26.Ce3 Rd8 27.Cf5 c5
O
grande mestre Jonathan Rowson coloca um signo de exclamação a este lance,
indicando que "não muito está acontecendo, e Magnus está suficientemente
feliz com a posição, porém é um bom impulso moral lembrar que as pretas estão
com um peão a mais". Entretanto, possíveis são lances como 27...a6 (a dica
do meu computador) e 27...Tg8 alla
Radjabov
28.Cg3 Ce5
28...Rd7 e 28...Bd5 são outras possibilidades
29.Th8+
29.Bxe5 fxe5 30.Th5 é a alternativa, com Anand pudendo chegar ao final da
partida mediante 30...Bxg4 31.fxg4 Txg4
29...Tg8 30.Bxe5 fxe5™ 31.Th5
31...Bxg4!?
Uma decisão radical por parte do desafiante, eliminando os peões
brancos na ala de rei, que provocou divergências entre os observadores de alto
nível da partida. Uma questão importante é conhecer se Anand efetivamente tinha
considerado a possibilidade de chegar a este tipo de final nos seus estudos
prévios da defesa. A alternativa é manter as peças com ideias como 31...Tf8
onde 32.Re3 permite às brancas reclamar que estão ligeiramente melhores pelas
chances que outorga a sua maioria de peões. Por alguma razão Anand considerou
que as suas chances práticas seriam inferiores neste tipo de cenário, e
Radjabov compartilha essa ideia ao mostrar a variante 32...Bd5 33.Ce4 Bxe4
34.Rxe4 Tf4+ 35.Rxe5 (ou 35.Re3 ) 35...Txf3 36.Re6 que considera
essencialmente ganhadora para o primeiro jogador
32.fxg4 Txg4 33.Txe5 b6
Com
todos os peões no mesmo setor do tabuleiro, as pretas têm boas chances de
empate. Uma forma simples de alcança-lo (porém longa na prática) é ir trocando
os peões, contando que o final de torre e cavalo contra torre não se ganha.
Algumas reações dos grandes mestres neste final: "Parece que a gente está
estimando demais as chances das brancas. O final parece um empate simples para
mim" (Fabiano Caruana); "O meu estimado colega Fabiano Caruana foi
muito sanguíneo acerca das chances pretas de empate, porém ele não tem 44 anos
nem está estressado e cansado" (Nigel Short); "Seria realmente impressivo se Anand
consegue empatar esta posição" (Simen Agdestein". Como o leitor pode
apreciar, há opiniões para todos os gostos. O certo é que as brancas sempre têm
as melhores chances práticas -embora também as chances práticas de empate das
pretas parecem boas- e que os computadores são de pouca ajuda neste tipo de
posição!
34.Ce4 Th4 35.Re2 Th6 36.b3 Rd7 37.Rd2 Rc6 38.Cc3 a6 39.Te4 Th2+
40.Rc1 Th1+ 41.Rb2 Th6
Ultrapassado o controle de tempo, cada um dos
mestres dispõe de mais uma hora para planejar acontecimentos. A tarefa das
brancas consiste em quebrar a fortaleza erigida por Anand, e para isso não
precisa se apressar - a vantagem material é permanente-. Alguns observadores
auguraram uma partida muito longa desde este ponto. "Magnus pode jogar
esta posição mais ou menos eternamente" (Ian Nepomniachtchi); "O pior
pesadelo para as pretas é esperar 49 lances antes que c3 seja jogado, logo
outros 49 para c4, e assim..." (Nigel Short)
42.Cd1 Tg6 43.Ce3 Th6
44.Te7 Th2!? 45.Te6+ Rb7 46.Rc3 Th4 47.Rb2 Th2
Não é fácil achar um plano
para concretizar a vantagem branca. "Salvo que Anand cometa um grave erro,
você pode com certeza dar uma bonita caminhada, regressar e achar eles ainda
levando as peças de aca para lá" (Natalia Pogonina)
48.Cd5 Td2 49.Cf6
Tf2 50.Rc3 Tf4 51.Ce4 Th4 52.Cf2 Th2 53.Tf6 Th7
54.Cd3 Th3 55.Rd2 Th2+ 56.Tf2
Th4
Obviamente não é uma boa ideia trocar as torres, ao menos não nesta
posição onde ainda tem suficientes peões no tabuleiro
57.c4!? Th3 58.Rc2 Th7
59.Cb2
Um plano interessante; pode ter a ideia de levar o cavalo a d5 (uma
possível via é a4-c3-d5)
59...Th5 60.Te2 Tg5 61.Cd1 b5!?
"Agora as
pretas devem obter o empate; talvez a posição sempre estivesse empatada"
(Anish Giri)
62.Cc3
Qualquer uma menos trocar em b5, que levaria
rapidamente ao empate por liquidação da massa de peões
62...c6 63.Ce4 Th5
64.Cf6 Tg5 65.Te7+ Rb6 66.Cd7+ Ra5
Com a ameaça de liquidar toda a ala de
dama mediante ...Rb4, a5-a4
67.Te4!
Outros lances permitem um equilíbrio
mais ou menos cômodo: a) 67.Ce5 Rb4 68.Cxc6+ (68.Cf3 Tg2+ 69.Cd2 a5 70.Tf7
a4 71.bxa4 Rxa4 72.Rc3 Tg3+ 73.Cf3 bxc4=) 68...Ra3 69.cxb5 Tg2+ 70.Rc3 Tg3+
71.Rc4 axb5+ 72.Rxb5 Rxb3 73.Rxc5= Já mencionei que este final não se ganha ;);
b) 67.Th7 Tg2+ 68.Rc3 Tg7! é um bonito truque 69.Cf6 (69.Txg7 b4+ leva
ao empate por mate afogado) 69...Tg3+ 70.Rb2 Rb4=
67...Tg2+
Muito
lógica, afastando o rei branco dos peões. A ideia branca pode-se ver na linha
67...Rb4 68.cxb5+ Rxb5 69.Ce5 com excelentes chances práticas para as brancas,
desde que a formação de peões preta se deteriora de forma grave
68.Rc1
68.Rd1
é considerada algo melhor pelo computador (por exemplo, evita o truque citado
no comentário seguinte), porém depois de 68...Tg1+ (se as pretas
continuam com 68...Rb4 ficam inferiores após 69.cxb5+ Rxb5 70.Te8±) 69.Re2
Tg2+ 70.Rf1 Tb2 o empate parece evidente, por exemplo 71.Cxc5 Rb6 72.Ce6 Txb3
73.c5+ Ra5 74.Cd4 Tb1+ 75.Re2 b4„
68...Tg1+
68...Rb4!? é também
possível. Se 69.cxb5+ as pretas têm, diferente de casos semelhantes, o lance
69...Rc3! suficiente para alcançar o equilíbrio, por exemplo 70.Te3+ Rd4 71.Te5
cxb5 72.Txc5 a5 73.Txb5 Rc3=
69.Rd2 Tg2+ 70.Re1 bxc4!
Depois deste
lance, a partida se encaminha ao empate
71.Txc4 Tg3
72.Cxc5
72.Txc5+
Rb4=
72...Rb5 73.Tc2 a5
73...Rb4 com a ideia ...Tc3 teria sido outra
simples via à divisão do ponto
74.Rf2 Th3 75.Tc1 Rb4 76.Re2 Tc3!
Porém
não 76...Th5 77.Tc4+ Rb5 78.Cd3 e as brancas estão na beira da vitória
77.Cd3+
77.Txc3 Rxc3 78.Re3 Rb4 79.Rd4 Rb5= zugzwang
77...Rxb3
Com um
empate fácil. As pretas podem ainda entregar os seus peões; torre e cavalo
contra torre é um empate teórico conhecido. O resto da partida não oferece
grande interesse, e possivelmente a continuação tenha mais a ver com o tempo do
desafiante -uns nove minutos para todo o resto da partida, mas os 30 segundos
por lance de incremento-
78.Ta1 Rc4 79.Cf2 Rb5 80.Tb1+ Rc4 81.Ce4 Ta3
82.Cd2+ Rd5 83.Th1 a4 84.Th5+ Rd4 85.Th4+ Rc5 86.Rd1 Rb5 87.Rc2 Tg3 88.Ce4 Tg2+
89.Rd3 a3 90.Cc3+ Rb6 91.Ta4 a2 92.Cxa2 Tg3+ 93.Rc2 Tg2+ 94.Rb3 Tg3+ 95.Cc3 Th3
96.Tb4+ Rc7 97.Tg4 Th7 98.Rc4 Tf7 99.Tg5 Rb6 100.Ca4+ Rc7 101.Rc5 Rd7 102.Rb6
Tf1 103.Cc5+ Re7 104.Rxc6
Os dois peões isolados pretos caíram, mas a sorte
da partida não deve variar: com defesa correta das pretas, as brancas não podem
ganhar este final. Ambos os mestres estão jogando esta fase a ritmo de blitz, e
Anand conta agora com uns quatorze minutos
104...Td1 105.Tg6 Rf7 106.Th6 Tg1
107.Rd5 Tg5+ 108.Rd4 Tg6 109.Th1 Tg2 110.Ce4 Ta2
111.Tf1+ Re7 112.Cc3 Th2
113.Cd5+ Rd6 114.Tf6+ Rd7 115.Cf4 Th1 116.Tg6 Td1+ 117.Cd3 Re7 118.Ta6 Rd7
119.Re4 Re7 120.Tc6 Rd7 121.Tc1 Txc1 122.Cxc1 ½–½
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