Uma vitória e uma derrota, amplas as duas, foi o saldo da rodada nona para o Brasil.
A equipe absoluta, em boa atuação, obteve uma vitória fundamental ante Canadá, a priori uma equipe dura e com enxadristas de nível semelhante ao brasileiro.
No primeiro tabuleiro o adversário de Rafael Leitão, Anton Kovalyov, amagou com jogar uma Índia de Dama para transpor logo a um esquema eslavo no qual possui uma grande experiência. Em certo ponto ganhou a iniciativa, forçando ao grande mestre brasileiro a defender com precisão, levando a partida ao empate.
Alexandr Fier tomou riscos de acordo com seu estilo, sacrificando uma qualidade por alguns elementos compensa-tórios (um cavalo bem centralizado, chances de iniciativa na ala de dama) que podiam não ser suficientes mas acabaram confundindo ao seu adversário, que possivelmente em apuro de tempo foi realizando imprecisões que o deixaram perdido.
No tabuleiro 3, Krikor Mekhitarian (foto) protagonizou uma longa partida estratégica ante o grande mestre Sambuev, obtendo a melhor parte de um final aproximadamente igual. No entanto, a sua visão desse final foi melhor e após algumas imprecisões do adversário ganhou uma vantagem decisiva que concretizou em boa forma.
A partida de Felipe El Debs foi rara. Se as bases de dados estão certas, em certo momento ele perdia em um lance (depois do seu movimento 18). Seu adversário perdeu a chance e tudo voltou à normalidade. Mas depois uma tentativa de iniciativa branca acabou em um desastre posicional, com as peças pretas invadindo de forma decisiva.
Em resumo, um excelente resultado de Brasil, que volta a posições de expectativa.
O empate de China com Ucrânia na mesa 1 permite á equipe de França alcançar a liderança. Os galos venceram de República Tcheca pela mínima diferencia. Em uma jornada com muitos empates nas principais mesas, têm mais valor os triunfos de Hungria sobre Israel e Bulgária sobre Cuba.
A derrota de Brasil ante Azerbaidjão no feminino não foi uma surpresa dada as diferencias de elo, mas sempre um placar amplo causa tristeza. Ontem, unicamente Juliana Terao obteve um empate, enquanto nos outros três tabuleiros o resultado foi vitorioso para as adversárias.
A equipe absoluta enfrenta pela rodada 10 a Eslováquia, uma equipe cuja pré-classificação é algo inferior ao do time brasileiro, e que levam cinco vitórias, dois empates e duas derrotas nesta prova. O meu palpite, considerando que até o momento este time (formado por quatro grandes mestres e um mestre internacional) não enfrentou a um dos adversários da elite, é que Brasil pode ter sucesso e lograr uma vitória que seria mais que vital para as posições finais.
A equipe feminina, entretanto, procura a sua recuperação enfrentando a Inglaterra, em match que se adivinha difícil.
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