A FIDE estabeleceu como data limite a do próximo dia 31 de agosto para que o contrato relativo ao match pelo campeonato mundial entre Magnus Carlsen e Viswanathan Anand seja assinado. O problema é que o atual titular, que solicitou e não obteve um adiamento do início do duelo, ainda não assinou, e não há certeza de quais vão ser seus passos.
O match está estabelecido para se disputar no mês de novembro, na cidade russa de Sochi. Anand já assinou o contrato, porém Carlsen pode seguir os passos do genial e polêmico Bobby Fischer e ser o segundo campeão mundial que perde o título sem jogar.
Ontem foi consultado pelos jornalistas acerca da assinatura do contrato, se registrando o seguinte diálogo:
- Vai assinar o contrato amanha?
- Vamos falar disso depois...
- Quando?
- Preferivelmente depois do torneio (a taça Sinquefield, que finaliza o dia 7 de setembro).
Enquanto o manager de Carlsen, Espen Agdestein, solicitou a FIDE um prazo para a resposta até justamente o dia 7, quando finaliza o torneio de Saint Louis onde participa o campeão, a FIDE ainda confirma que respeitará a data limite e inclusive já tem previsto um participante para o duelo no caso de Carlsen não assinar o contrato: Sergey Karjakin, por ter finalizado segundo no torneio Candidatura.
As declarações de Carlsen e seus colaboradores não permitem entrever alguma informação acerca da decisão que finalmente vai tomar o norueguense, porém o tono delas certamente não parece alentador.
Ante este quadro, o presidente da Associação de profissionais de xadrez (ACP), Emil Sutovsky, escreveu uma carta aberta ao presidente da FIDE, Kirsan Ilyumzhinov, manifestando a sua preocupação: "Solicito que faça tudo o possível em ordem de resolver este desentendimento e não deixar que o mundo do xadrez se divida, como o esteve no passado recente". Certamente, se espera uma atitude responsável da FIDE, porém também de Carlsen e até de outros atores como Garri Kasparov, recente desafiante de Ilyumzhinov na presidência da entidade mundial, e que poderia emitir uma mensagem de conciliação no caso de desejar colaborar com sinceridade na solução do impasse.
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