segunda-feira, 4 de junho de 2012

As chances de chegar aos diferentes finais


Jesús De la Villa (foto) é um grande mestre espanhol que além de complicar a vida aos cultores da defesa Siciliana (com os seus excelentes livros de repertório branco) tenta simplificar a tarefa dos enxadristas que pretendem melhorar o seu conhecimento em materia de finais. No seu "los cien finales que hay que saber" (editora Esfera, 2008), na introdução, sinala as chances de chegar a determinado tipo de finais.
Os mais frequentes são os de torre, que acontecem não na proporção estimada pelos autores clássicos (que adjudicavam a sua aparição entre um dez e vinte por cento das partidas), mas sim na ordem do 8%. Uma surpresa aqui é o porcentagem de empates: 37,63%. Isto é, não todos os finais de torre são empates -contrariando outro mito popular-. De la Villa comenta que neste tipo de finais as vezes acreditamos ter vantagem suficiente para uma vitória que depois não se produz. Assim que a frase refere em realidade a dificuldade no tratamento deste tipo de finais.
Bispos de diferente cor levam ao empate no 58% das partidas, sendo a maior porcentagem de divisão de pontos. O maior número de vitórias, entretanto, se da no final de peões (aqui os empates alcançam o 26,87%). "Tome boa nota -escreve o grande mestre- Nem sempre trocar peças é o método mais seguro para alcançar o empate".

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