A cidade de Marabá (Pará) recebeu,
entre os dias 30 de maio e 1 de junho, a um grupo de entusiastas enxadristas
provenientes de diversos estados, para participar do I Aberto Internacional de
Marabá.
O interesse que gerou a prova
nessa cidade situada no sudeste do estado pode se perceber em detalhes como a
colocação de grandes cartazes promovendo a competição em plena Transamazônica,
e a cobertura da mídia regional (gráfica, radial e televisiva). Foi resultado
do grande trabalho do organizador, Antônio Carlos Silva Almeida, que devolveu a
Marabá o xadrez de mais alto nível, depois de um período onde a cidade tinha
sido relegada na prática do jogo ciência. No sucesso da prova foi determinante
também a gestão da Confederação Brasileira de Xadrez, na figura de seu
presidente, grande mestre Darcy Lima, que foi reconhecido especialmente na
cerimónia final. O torneio, que se levou a cabo nas instalações da OAB
(Organização de Advogados de Brasil) foi arbitrado de forma impecável por Carlos
Alessandro Alves, bem secundado por Lauzeniro Andrade.
No plano esportivo, o torneio
teve o luxo de contar com os atuais campeão e vice-campeão de Brasil, grandes
mestres Rafael Leitão e Krikor Mekhitarian respetivamente. A nómina de mestres
se completou com quem escreve estas linhas e o mestre fide Renan do Carmo Reis,
que viajou desde Manaus (Amazonas) para participar.
Rodada 3: Lourival Ponte de Oliveira Neto (Belem, na esq). antes do inicio da sua partida contra Talita Medrado Almeida, que obteve uma meritória 12a colocação (e melhor feminina) |
Depois das seis rodadas previstas, a
classificação foi a seguinte: 1-3. gm Krikor Mekhitarian (melhor sistema de
desempate), gm Rafael Leitão, mi Luis Rodi 5; 4. Nilton Silva de Abreu 4,5; 5-10.
mf Renan do Carmo Reis, Nelson da Silva Moraes, Emerson de Souza Veiga, Adriano
de Jesus Silva Cunha, Alan de Albuquerque Reis, Fernando Medrado Almeida 4;
11-13. Marcos de Souza Monteiro, Talita Medrado Almeida (melhor feminina), Antônio
Carlos Silva Almeida 3,5; etc. (34 participantes).
Em muitos torneios, o sistema de
desempate tem uma alta carga de acaso, mas nesta oportunidade se pode dizer com
toda certeza que a vitória de Krikor foi justa: o grande mestre de São Paulo
foi o único participante que enfrentou aos outros mestres -sem sofrer derrota- e também venceu na
partida decisiva ao seu colega Rafael Leitão.
Primeiro plano para o organizador, Antonio Carlos Silva Almeida, da Associação de Xadrez Marabá - Na cerimônia de abertura, enquanto a banda de música local executa o Hino Nacional Brasileiro |
Deve se destacar a realização de
torneios neste nível no interior do Brasil, oferecendo aos amadores e
simpatizantes do nosso jogo a possibilidade de medir suas forças com os
mestres. Sabemos das dificuldades que as enormes distâncias no país colocam e
os esforços que devem realizar os organizadores e difusores do xadrez. Cada uma
destas atividades é, portanto, uma verdadeira festa do xadrez nacional.
MI Luis Rodi
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