Esta edição de Wijk aan Zee dificilmente escape do número 2 do ranking mundial, o grande mestre armênio Levon Aronian, após vencer na nona rodada ao seu mais imediato perseguidor, o grande mestre Sergey Karjakin (Rússia).
Como esperado, o jogo Aronian - Karjakin (foto) seguiu uma linha da variante Nimzowitsh da Índia de Dama que já tinha sido utilizada frequentemente por ambos os mestres, inclusive em dois jogos entre eles.
Nesta oportunidade, Aronian explorou algumas imprecisões do seu adversário na passagem da abertura ao meio jogo para obter uma persistente iniciativa, que finalmente teve frutos quando o armênio conquistou um peão utilizando um recurso tático que Karjakin perdeu.
O final de peças pesadas não era fácil de concretizar, mas Aronian, mostrando a boa técnica que foi comum nele nesta prova, foi simplificando até chegar a um final com torre por lado, com três peões cada um na ala de rei e um livre extra para as brancas no setor oposto.
Talvez Karjakin teve chances de oferecer uma resistência mais firme, e inclusive salvar o jogo, porém as chances práticas do lado com vantagem nesse tipo de posições são importantes, e Aronian as soube fazer valer para rapidamente conquistar uma posição de vantagem decisiva.
Com esta vitória, Aronian lidera com ponto e meio de vantagem quando restam apenas duas rodadas, e somente uma catástrofe pode impedir a sua vitória na tradicional prova holandesa.
A luta maior se estabelece no segundo lugar do torneio, por agora compartilhado por quatro competidores: Anish Giri (Holanda), Fabiano Caruana (Itália), Leinier Dominguez (Cuba, em outra boa atuação para o xadrez latino-americano) e o citado Karjakin.
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