Depois da jornada dupla de ontem,
o grande mestre Rafael Leitão (foto) é o único líder da 81ª edição do Campeonato
Brasileiro de Xadrez, seguido a meio ponto pelo mestre internacional Máximo
Iack Macedo e o mestre fide Francisco Cavalcanti.
A jornada compreendeu rodadas as
10.00 e as 17.00, no marco de um dia com bom sol na capital paraibana. Na
primeira delas –a segunda da prova- Leitão começou a desandar o caminho á
liderança ao vencer ao mestre fide Mateus Nakajo em exibição de boa técnica. O
atual campeão nacional primeiro obteve maioria de peões na ala de dama em
posição com dama e dois bispos por lado. No momento crítico, a entrega de um
peão (34.b5!) permitiu a criação de um forte peão passado que acabou decidindo
o jogo. O destaque da rodada foi o violento ataque desenvolvido por Macedo para
vencer em somente vinte lances ao grande mestre Krikor Mekhitarian. Ao
finalizar a rodada o torneio tinha três líderes: Leitão, Macedo e Cavalcanti,
que tinha vencido a Fiaes.
A rodada da tarde –terceira da
prova- deixou, como indicado, somente um líder. O grande mestre Rafael Leitão
impus a sua maior experiência ante Fiaes, explorando defeitos na estrutura
adversária em final de peças pesadas. O outro jogo decidido na oportunidade foi
o que enfrentou ao grande mestre Krikor Mekhitarian e Roberto Andrade. O
primeiro, que precisava da vitória como agua, obteve a iniciativa na saída da
abertura e tomou suas chances ao entregar peça por três peões. A posição não
era simples, mas imprecisões do seu adversário lhe permitiram ao condutor das
brancas seu primeiro ponto no torneio. Dos quatro empates registrados, foi
animado o da partida entre Nakajo Mendonça e o grande mestre Felipe El Debs. O
jogo começou com uma tranquila variante das trocas na Eslava, mas a saída da
abertura ficou claro que as brancas tinham posição preferível e até ganharam um
peão. A situação era complicada, porém medidas de contrajogo acertadas de El
Debs somadas a alguma imprecisão branca permitiram às pretas obter o
equilíbrio. Também interessante foi o duelo entre Paulo Jatobá e Máximo Iack
Macedo. A abertura parecia algo melhor para as brancas, porém no meio jogo a
situação tinha-se invertido e as pretas eram as que pressionavam. Uma oportuna
simplificação motivou aos protagonistas a firmar a paz.
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