O campeão Magnus Carlsen na sua chegada á cidade sede da Olimpíada |
Depois de sediar a Copa do Mundo –uma
monumental prova envolvendo a alguns dos melhores enxadristas do mundo em
torneio por eliminatórias, classificando para o torneio de Candidatos que a sua
vez determina o desafiante do campeão mundial-, a cidade norueguesa de Tromso
recebe a 41ª edição da Olimpíada, entre os dias 1 e 14 de agosto, com uma
grande participação (178 equipes no torneio absoluto e 139 no feminino) e muita
expectativa de observar um xadrez de alto voo, considerando algumas das figuras
presentes.
No entanto, a competição teve um
começo com polêmicas, envolvendo primeiro falta de verba que fez perigar a
própria realização da festa, e logo as discussões envolvendo a inscrição de
algumas equipes que foram rejeitadas por não entrar na data limite, entre elas
a da equipe feminina de Rússia, o que provocou protestos que finalizaram com a
reconsideração da medida. Agora todo isso ficou trás, e a hora das sessenta e
quatro casas chegou. Mas as polêmicas prometem continuar, desde que na agenda
da festa olímpica está incluída a realização do 85º congresso da FIDE que
determinará, entre outras questões, se o atual presidente da entidade, Kirsan
Ilyumzhinov, segue no seu posto. A eleição o coloca enfrentando ao ex-campeão
mundial Garri Kasparov, uma lenda do xadrez que venceu todo quanto se podia
ganhar nos anos oitenta e noventa nos tabuleiros, porém que politicamente se
mostra polêmico e organizativamente não tem a mesma altura.
Talvez igual de emocionante,
porém no marco estritamente esportivo, promete ser a briga pelas medalhas
dentro do tabuleiro. Na categoria absoluta há claros favoritos nas equipes de
Rússia (que tenta acabar com a sequia das últimas edições com um time composto
por Karjakin, Kramnik, Grischuk, Svidler e Nepomniachtchi), Armênia (ganharam
ouro em três das últimas quatro olimpíadas, com o número 2 do rating fide Levon
Aronian na cabeça), Ucrânia, França (chega com a sua melhor equipe de todos os
tempos) e os Estados Unidos. Possíveis surpresas? China, que se vem superando
em cada edição e mostra um crescimento acelerado no domínio do jogo ciência. E quer ser outra Noruega, que chega entonada com o campeão mundial Magnus Carlsen no primeiro tabuleiro. Brasil, entretanto, aparece na 30ª colocação na prévia, com um time formado por
Rafael Leitão, Gilberto Milos, Krikor Mekhitarian, Alexandr Fier e Felipe El
Debs.
Já no feminino, as suspeitas de
sempre: China, Rússia, Ucrânia e Geórgia são firmes candidatas às medalhas. O
resto acompanha, e tenta dar zebra. Tomara que uma delas (para bem) fosse dada
pelo Brasil, 50ª favorita e integrada por Vanessa Feliciano, Juliana Terao, Joara
Chaves, Regina Ribeiro e Suzana Chang.
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